RENATA A MENINA QUE QUERIA BEIJAR NA BOCA
RENATA QUER BEIJAR
Renata não aquentava mais a pressão da
turma e de qualquer jeito aquele ano ela teria que beijar alguém. Sabe quando
chega o ano novo e as pessoas colocam algumas metas para o ano seguinte? Pois
é... A meta da Renata era beijar MUUUITO!
Seus
pais reparavam de longe que algo estava acontecendo diferente com sua filha.
Estava se arrumando mais, já não gostava de ser chamada de criança, sua agenda
era cheinha de fotos da turma e ficava horas e mais horas no computador batendo
papo. Além disso, para sair de casa demorava um tempão em frente ao espelho.
Na
verdade era algo mais complicado, pois a Renata estava se sentindo um ET no
meio da sua turma, pois todos já tinham beijado na boca. Estavam namorando ou
como algo natural já tinham ficado com alguém.
É
isso aí... Ficado... Ficar... Aquele momento que você tem vontade de beijar
alguém, mas não quer nenhum compromisso. Ou quem sabe você até queira um
compromisso, mas a outra pessoa finge que não entendeu o que está acontecendo.
Aí
os ficados se encontram no outro dia após longos beijos e dizem: E aí, ta tudo
bem? E o outro reponde: Está, por quê?
Isso,
se o “ficante” tiver a oportunidade de reencontrar o “ficado”. Pois muitas
vezes os “ficantes” não sabem nem o nome um do outro.
Espera
aí! Mas a Renata é crente! Filha de crente! Freqüenta EBD! Sua turma é da
Igreja?
É!!!
Mas isso está rolando aqui. Na sua Igreja não? Mas vamos continuar a
história...
Tinha
um menino legal da Igreja a fim de ficar com ela. Apenas ficar... Mas essa
parte ela não sabia. Achava o garoto lindo, divertido e cheio de boas
intenções. E começou a sonhar, e sonhar... Chegava à Igreja e a primeira pessoa
que seus olhos procuravam era ele. Arranjava sempre um jeitinho de sentar num
lugar da Igreja que desse para ficar olhando sem que ele percebesse... Claro, a
menina não ia dar um mole desse tipo. Afinal de contas é uma adolescente madura
que sabe o que quer e não é qualquer um que vai conseguir conquistá-la. É
verdade.... O cara vai ter que se esforçar para conseguir alguma coisa, afinal
de contas ela é Renata, a menina que nunca beijou na boca.
Até
que um dia surgiu uma viagem, um congresso desses que a Igreja se anima para
que a galera de adolescentes participe.
Imagine
passar seis horas dentro de um ônibus, com a galera da Igreja, e ele.... Ele
estará lá.... Ele vai também... Aquele... O “ficador” oficial da galera.
Oficial? Como assim? Ah... Ele só ficou com Joana, Ana, Raimunda, Filomena,
Virginia, Lea, Carol, Suzana... O resto eu não lembro, e eu estou contando a
história, não dá tempo de colocar aqui o nome de todo mundo.
Mas
agora ele está sozinho, e vamos falar a verdade, a meninada gosta de um garoto
que já ficou com todo mundo e se acha o dono da história.
Renata
arrumou as malas com toda alegria e não via a hora de chegar a saída. Ela
conversou com sua mãe e disfarçadamente perguntou o seguinte: Mãe, se eu
começasse a namorar o que a senhora faria?
A
mãe disse: O que eu faria? Você que vai namorar e eu tenho que fazer alguma
coisa? Pensando bem, é verdade, preciso orar, para que você encontre uma pessoa
legal, que te respeite e te dê valor, pois hoje em dia muitos só querem ficar.
Renata
ficou pensando nas palavras da mãe e recorreu ao pai que estava em outra sala e
perguntou: Pai se surgisse à oportunidade de namorar agora eu poderia?
E o pai meio sem jeito falou: Estava
demorando... Ai meu Deus do céu. Minha princesinha querendo namorar. Mas veja
lá quem você quer namorar, se o cara não for boa gente as coisas vão esquentar
e tem que ter hora pra tudo. Mas fazer o que? Se eu proibir será pior. Mas eu
preciso conhecê-lo direitinho. Quem é a figura?
Renata
respondeu: Que figura pai, perguntei por perguntar...
E
passando alguns dias.... Ela se apressou para não se atrasar para a viagem.
Chegando
à Igreja de cara encontrou com ele... E logo os olhares se trocaram como sem
palavras pudessem dizer: Eu te espero no ônibus com um lugarzinho reservado
para você.
A
verdade era diferente. Esse olhar com esta frase, ele deixou também para outra
menina que estava na fila, afinal de contas, a fila tem que andar...
Chegando
ao ônibus muita empolgação, gente cantando, muito barulho, pessoas colocando o
papo em dia e... Passaram às seis horas.
Não
era possível, estava tudo perfeito para acontecer e nada... Bem, mas ainda
tinha a viagem de volta e essa oportunidade eles não deixariam passar.
Mas
Renata conheceu no Congresso uma galera diferente dentro da própria Igreja e
esse pessoal tinha uma opinião muito diferente sobre este assunto. Eles
entendiam que quando um relacionamento não tem um ideal, pode despertar
expectativas no outro e quando a pessoa pula fora dizendo que foi só um passa
tempo, uma brincadeira, pode deixar alguém muito decepcionado com ele mesmo.”
“Como louco que lança fogo, flecha e morte. Assim é o homem que engana o seu
próximo e diz: fiz isso por brincadeira.” Pv 26.18-19
E
mais... Entendeu que um coração amargurado nos atrapalha de enxergarmos as
bênçãos de Deus. E com certeza se o que ela estivesse sentindo não fosse da
aprovação de Deus, ela teria grande chance de se atrapalhar na vida.
E
que para começarmos um relacionamento é necessário passar por algumas peneiras,
a peneira da vontade própria, a peneira da aprovação dos pais e a principal, a
aprovação de Deus.
Renata
estava confusa, pois o que ela sentia era uma grande atração física, isso a
deixava meio sem raciocínio. É como se tivesse sendo levada pelo vento e com a
pressão dos próprios amigos de ter que ficar com alguém simplesmente para
beijar na boca.
E
não demorou muito ela chegou a conclusão que precisava pensar e orar mais a
esse respeito, por mais difícil que fosse a pressão. Quem iria viver a vida
dela era ela e não os outros. E o mais importante é o que Deus pensava a
respeito dela e não as pessoas de fora.
Mas
Renata não ficou triste ao chegar a esta conclusão. Aproveitou o congresso, fez
novas amizades, se divertiu muito e ainda foi tocada por Deus de modo
diferente. Sentiu Jesus tocando em seu coração e dizendo o quanto ela era
especial e amada. E tudo tem seu tempo.
Na
volta o tal rapazinho tentou ficar com ela, mas levou o maior “toco”. A
resposta do “não” caiu como uma bomba para ele. Afinal de contas ele não estava
acostumado a receber esse tipo de resposta. Mas eles conversaram e ela disse
que ficou sabendo que ele também estava a fim de outra garota. Além disse
afirmou que ela tinha um grande valor e não ia sair por aí beijando na boca no
desespero, ela queria esperar. Não um esperar de um príncipe, mas esperar o
momento certo dado por Deus. Namorar não significa casar, mas é necessário
desenvolver uma amizade sadia. Conhecer o outro sem malicias e segundas
intenções.
E
os anos foram passando e Renata namorou alguns garotos, mas sempre com a
expectativa limpa de conhecer quem Deus estava reservando para ela. E
aconteceu...
Chegou
em sua Igreja
um rapaz que não se sentia o dono da história, mas tinha intimidade com quem
escreve muito bem a história, que é o próprio Deus.
E
não demorou muito para que eles se conhecessem e como diz o poeta Marcelo
Gualberto: “Num susto... Num instante... Num contacto... Num momento... Num
abrir e fechar de olhos... num sobressalto...” A história continuou...
O
ficar virou vontade de ficar para sempre, os olhos descansavam enquanto olhava
e admirava a benção que tinha chegado. O sorriso... Virou risada fácil de
criança que espera e recebe o presente
do Pai.
E
o resto da história? Eu sei que já se passou um filme de como esta história
termina em sua mente. Termina? De jeito nenhum! Eles podem até mesmo se
despedir um dia como marido e mulher, mas jamais como irmãos em Cristo Jesus.
Entendeu ?
Ficar
ou não ficar? Eu fico com Jesus. Ficar com ele é eterno, o resto passa, mas
Jesus fica. E como você vai ficar neste dia? Cuidado para não brincar com as
pessoas e nem se deixar usar por elas, você pode acabar “ficando”.
Muito legal, Leninha!!
ResponderExcluirVou copiar e passar para o pessoal da "minha" UPA!!!
Que Deus continue lhe abençoando e usando!!
Helen
Amei,lendo essa história de imediato pensei no meu filho, que está com doze anos, e esses doze anos está dando o que falar, vai me ajudar bastante, vou imprimir para ele lêr, Deus ti abençõe. Abraços
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